quinta-feira, 18 de julho de 2013

QUANDO MORRE UM JOVEM


Quando morre a juventude, a flor murcha antes do tempo, o perfume dura pouco, a terra  parece germinar sementes frágeis.
Quando morre um jovem, morre o futuro, morre a evolução. Quando um jovem vai embora, parte a esperança,  o horizonte fica negro, tempestades se aproximam.
O fel na boca da mãe, a lágrima salgada é um mar que banha sua alma, que leva para sempre um pedaço do seu ser, pois ela pariu o amor, e sepulta a dor,  a esperança de toda uma vida. Quem deu a luz, vê agora a escuridão, a luz partiu antes do tempo, apagando um sorriso juvenil que não envelhece, sempre presente nos velhos ao falarem dos seus filhos.
O que fica para os pais quando morre um filho, quando a tragédia arranca para sempre todas as apostas, tudo se esvai dentro de um caixão que se enterra junto de alegrias, lembranças, doces retratos de quem foi embalado, amado, abraçado e que fica a não ser o olhar sobre sonhos que se foram, é como tirar de um pai a paisagem que iluminava seu rosto.
QUANDO MORRE UM JOVEM lamentamos sem entender, sabemos mais ainda que somos NADA, diante dos mistérios que ainda não sabemos. Porque acima de tudo isso, ainda somos capazes de bem depois   de toda essa dor. LEMBRAR E SORRIR, que mesmo assim VALEU A PENA. Quando morre um jovem, morre um pouco de cada um, morre o lado bom da humanidade.
Quando um menino parte antes do tempo, é como tirar do céu uma estrela, é triste deixar de escutar o alarido de uma criança que se espalha no ar como o cantar de passarinhos no amanhecer.
Quando morre um jovem, morre junto um adulto e um velho, morre seus filhos, netos, bisnetos e tantos seres que deixaram de existir porque MORREU TÃO JOVEM. (Beraldo Figueiredo em 10 de Julho de 2013)
 

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